Júlio Dantas foi um escritor, médico, político e diplomata, que se distinguiu como um dos mais conhecidos intelectuais portugueses das primeiras décadas do século XX.
Nascimento: 19 de maio de 1876, Lagos, Portugal
Falecimento: 25 de maio de 1962, Lisboa, Portugal
Educação: Colégio Militar
Cônjuge: Maria Isabel Silva (desde 1942)
Julio Dantas
Entre um homem moço e uma mulher bonita, a amizade pura, a amizade intelectual é impossível. O homem e a mulher são, fundamentalmente, irredutivelmente, inimigos
A mulher só ama quando admira; para amar um homem precisa de se sentir inferior a ele.
Quem encontrar na vida o verdadeiro amor, deve escondê-lo, longe do mundo, como um tesouro.
O que é mais difícil não é escrever muito; é dizer tudo, escrevendo pouco.
O maior defeito da mulher é o homem.
A mulher que se beijou e não se teve, que se adivinhou e não se possuiu, transforma-se para nós numa obsessão, numa preocupação doentia.
Antes de se amar profundamente, não se viveu ainda; e, depois, começa-se a morrer.
O amor, para ser belo, não precisa de ser eterno.
Plagiar, é implicitamente, admirar.
Não há nada que valha a dignidade do silêncio.
O amor não é uma futilidade ou um divertimento; é um sentimento profundo, que decide de uma vida. Não há o direito de o falsificar.
Se as mulheres bonitas tivessem todos os amantes que lhes atribuem, não havia maior castigo do que a beleza.
A melhor maneira de ser grande é fazer-se entender pelos pequenos.
São tão imensamente grandes, tão paradoxalmente violentos certos amores, que atingem a expressão terrível do ódio.
Querer que uma mulher ame toda a vida, é tão absurdo como querer que a Primavera dure todo o ano.
A boca, é nas mulheres, a feição que menos nos esquece.
Procura ser tão gentil com a tua mulher como no tempo que a conquistaste.
O que foi sempre o amor senão a mais dolorosa, a mais voluptuosa das mentiras?
As mulheres não se dão ao trabalho de justificar e de analisar as suas afeições.
O amor, como a vida inteira, está cheio de lugares-comuns.
A arte infiltra tudo, vive de tudo. Mas onde ela é maior, é precisamente onde menos se vê.
Todo o bem que se realiza é uma ventura que se perdeu.
Como a nossa fragilidade o concebe e o pratica, o amor é um sentimento essencialmente incómodo. Mal dois olhares se trocam e duas mãos se enlaçam, vem logo a tragédia das suspeitas, dos ciúmes, das zangas, das recriminações, estragar momentos que deviam ser os mais belos, os mais alegres, os mais despreocupados da vida.
Recordar uma amor é viver outra vez...
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