Pocahontas
Pocahontas (1595 – 21 de março de 1617) foi uma princesa índia powhatan que se casou com o inglês John Rolfe, tornando-se uma celebridade no fim de sua vida. Era filha de Wahunsunacock (conhecido também como Chefe Powhatan), que governava uma área que abrangia quase todas as tribos do litoral do estado da Virgínia (região chamada pelos índios de Tenakomakah). Seus verdadeiros nomes eram Matoaka e Amonute; "Pocahontas" era um apelido de infância. A vida de Pocahontas deu margem a muitas lendas. Tudo que se sabe sobre ela foi transmitido oralmente de uma geração para outra, de modo que sua real história permanece
controversa. Sua história se transformou num mito romântico nos séculos seguintes à sua morte, mito este que foi transformado num desenho animado da The Walt Disney Company (Pocahontas) e em um filme, The new world (O novo mundo).
Vida
Pocahontas é um apelido que significa "a metida"’ ou "criança mimada". O seu nome real era Matoaka. A história conta que ela salvou o inglês John Smith, que seria executado pelo seu pai em 1607. Nessa época, Pocahontas teria apenas entre dez e onze anos de idade.
Smith era um homem de meia idade, de cabelos castanhos, de barba e cabelos longos. Ele era um dos líderes colonos e, em 1607, fora raptado por caçadores Powhatans. Ele possivelmente seria morto, mas Pocahontas interveio, conseguindo convencer o pai que a morte de John Smith atrairia o ódio dos colonos.
Graças a esse evento (e a mais duas oportunidades em que Pocahontas salvou a vida dos colonos), os Powhatans fizeram as pazes com os colonos. Ao contrário do que dizem os romances sobre sua vida, Pocahontas e Smith nunca se apaixonaram.
Smith serviu como um tutor da língua e dos costumes ingleses para Pocahontas. Em 1609, um acidente com pólvora obrigou John Smith a se tratar na Inglaterra, mas os colonos disseram a Pocahontas que Smith teria morrido.
A verdadeira história de Pocahontas tem um triste final. Em 1612, com apenas dezessete anos, ela foi aprisionada pelos ingleses enquanto estava em
uma visita social e foi mantida na prisão de Jamestown por mais de um ano. Durante o período de captura, o inglês John Rolfe demonstrou um especial interesse na jovem prisioneira. Como condição para Pocahontas ser libertada, ela teve de se casar com Rolfe, que era um dos mais importantes comerciantes ingleses no setor de tabaco.
Pocahontas passou um ano prisioneira, mas tratada como um membro da corte. Alexander Whitaker, ministro inglês, ensinou o cristianismo e aprimorou o inglês de Pocahontas e, quando este providenciou seu batismo cristão, Pocahontas escolheu o nome de Rebecca.
Logo após isso, ela teve seu primeiro filho, a qual deu o nome de Thomas Rolfe. Os descendentes de Pocahontas e John Rolfe ficaram conhecidos como Red Rolfes.
Em 1616, Rolfe, Pocahontas e Thomas viajaram para Inglaterra. Junto a eles, onze membros da tribo Powhatan, incluindo o sacerdote Tomocomo. Na Inglaterra, Pocahontas descobriu que Smith estava vivo, mas não pôde encontrá-lo, pois estava viajando. Mas Smith mandou uma carta à rainha Ana, informando que fosse tratada com nobreza. Pocahontas e os membros da tribo se tornaram
imensamente populares entre os nobres e, em um evento, Pocahontas e Tomocomo se encontraram com o rei James, que simpatizou com ambos.
Em 1617, Pocahontas e John Smith se reencontraram. Smith escreveu em seus livros que, durante o reencontro, Pocahontas não disse uma palavra a ele, mas, quando tiveram a oportunidade de conversarem sozinhos por horas, ela declarou estar decepcionada
com ele, por não ter ajudado a manter a paz entre sua tribo e os colonos. Meses depois, Rolfe e Pocahontas decidiram retornar à Virgínia, mas uma doença de Pocahontas (provavelmente a varíola, pneumonia ou tuberculose) obrigou o navio em que estavam a voltar para Gravesend, em Kent, na Inglaterra, onde Pocahontas veio a falecer.
Após sua morte, diversos romances sobre sua história foram escritos, sendo que todos retratavam um romance entre Smith e Pocahontas. A maioria, ainda, tratava John Rolfe como um vilão, que teria separado os dois e casado com Pocahontas à força. Apesar de sua fama, as figuras encontradas sobre Pocahontas sempre foram de caráter fantasioso, sendo a mais real figura de Pocahontas a pintura de Simon Van de Passe, que foi feita em 1616
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